O post de hoje é uma espécie de ramificação daquele em que falei sobre a escolha dos fornecedores de casamento. Além, é claro, de um pouco de auto-análise, já que olhei muito para o que eu entendo e exerço como boas práticas na profissão. E a primeira conclusão a qual cheguei é de que, invariavelmente, não pode faltar empenho. O profissional tem que colocar o coração no que faz. Parece clichê, algo que qualquer um fará, mas na prática não é bem assim.
Talvez mais do que na escolha de outros fornecedores, pra escolher um fotógrafo de casamento você precisa se identificar completamente com a pessoa, com o fotógrafo. Porque muito do olhar deste profissional para a sua cerimônia será inspirado basicamente a história, na experiência dele. Tudo o que ele já viveu até ali, histórias de vida, experiências, viagens, cultura, tudo o que ele já passou vai dar o tom de como ele vai se portar e o que ele vai buscar olhar no dia do casamento. Então, se você tem identidade com isso, se você se identifica com esse profissional, a probabilidade de você ficar satisfeito é bem grande, já que vocês vão falar a mesma língua.
E, sem a menor sombra de dúvidas, um fotógrafo de casamento precisa saber um pouco da sua história também. PRECISA querer saber, se inteirar. Ele precisa estar atendo às coisas que vão acontecer e, se ele tiver ciência de fatos e relatos de coisas da família, não só vai facilitar o trabalho dele, pra colocar isso em foto, como vai fazer com que fique muito mais atento a fatos que, caso não conhecesse suas histórias familiares, poderiam passar completamente despercebidos.
Precisa ter paciência! Não pode faltar, de forma alguma, paciência. Isso porque às vezes a gente espera uma foto por horas a fio e, em uma fração de segundos, aquele momento acontece. Por isso a paciência é uma das coisas mais importantes num fotógrafo de casamento, para que esteja sempre pronto para captar o clique perfeito. Além disso, e não deixa de ser um complemento ao item anterior, eu acredito que bom humor pode facilitar a vida do profissional, do casal e dos convidados. Afinal, uma pessoa bem humorada é alguém muito mais agradável de se estar perto. O que ainda pode abrir portas para conseguir cliques ainda mais impressionantes.
Por fim e, não menos importante, ele tem que estar atendo a tudo, ser um bom observador. Precisa ter uma técnica para saber se comportar num tempo muito rápido de ação e reação. O casamento é um documental, é ao vivo, não tem margem de erro. Então ele precisa ter atenção total, ser muito observador pra poder passar aquilo que ele está vendo. E o detalhe, ele vai passar aquilo que ele tá vendo, mas o que ele tá vendo? E aí voltamos ao que foi falado lá em cima: depende do ponto de vista do profissional. Ele pode ver coisas diferentes de qualquer outra pessoa, daí a questão de o fotógrafo ver as coisas através da sua bagagem e experiências de vida, e também da forma como ele lida com a vida.