Fotografar um Trash the Dress no deserto, será que isso é possível? Essa foi a primeira pergunta que me fiz quando tivemos a ideia. Mas, no fim das contas, não tive dúvidas de que seria uma verdadeira aventura, e foi além das expectativas…
No início começamos a ler vários blogs de viagem para saber o que nos esperava, e ajudou muito essa pesquisa. Conseguimos reunir informações valiosas sobre o que vestir, o que comer e os cuidados para saúde necessários e fizemos um roteiro meio louco e praticamente sem paradas. O nosso primeiro destino era o Deserto do Atacama, onde ficaríamos apenas 1 dia e logo faríamos a travessia entre o Chile e a Bolívia, pelo meio do deserto, parando para fotografar em alguns lugares espetaculares que a gente já tinha encontrado nas pesquisas. Nosso destino final era o famoso Salar de Uyuni, uma viagem que dura três dias de ida e mais um dia para volta.
Mas assim que chegamos no Atacama tomamos um susto. Por um erro de comunicação, fizemos nossa reserva em um “hotel” que não passava de um terreno com umas cabanas meio abandonadas em que a instrução (que só veio por telefone) era que entrássemos mesmo sem que o hóspede anterior saísse (assim mesmo, sair entrando sem pedir licença), o que nos deixou um tempo na rua sem hospedagem. Por isso, quando fizer uma reserva fique atento aos detalhes, principalmente com a semelhança entre o português e o espanhol, que pode confundir bastante. Felizmente, depois de um tempo, e a ajuda salvadora de uma brasileira que vive em San Pedro, conseguimos um lugar legal para dormir. O centro da cidade é bem pequeno e dá para andar a pé por todos os lados, com uns restaurantes bem bacanas e um cenário muito legal.
Para fazer o passeio a Uyuni nós contratamos uma empresa que faz a travessia num carro 4×4, e que leva, no máximo, 6 pessoas a bordo. Como o nosso grupo tinha 5 pessoas, fomos todos no mesmo carro e demos muita sorte com nosso motorista, o Luis, que foi o nosso guia durante toda a viagem e nos levou a lugares especiais e fora do roteiro. Nossa primeira parada foi na imigração da Bolívia, uma casa que fica no deserto e tem uma aparência bem estranha, parece cenário de filme.
San Pedro de Atacama Atacama ao fundo Simplicidade Nosso primeiro “hotel” Imigração Boliviana Fronteira Chile x Bolívia 4278m em Potosí Carro achado no deserto Geysers Sol de Mañana Laguna Verde
Seguimos viagem rumo às alturas, e eu sabia que chegaríamos perto dos 5000m e encontraríamos temperaturas negativas, mesmo com sol forte e céu limpo. Nesse ponto é preciso ter atenção, essa altitude pode causar dores de cabeça, tontura e falta de ar. Para se ter uma ideia, nossa primeira noite foi em Potosí, onde sofremos com a altitude de 4278m e temperatura de -15ºC. Por isso eu estava muito preocupado com o casal, principalmente com a noiva, pois na hora das fotos ela ficaria só de vestido num frio de lascar e ainda teria de lidar com os efeitos da altitude. Mas eles foram guerreiros, além de aguentar toda essa pressão, ainda conseguiram interagir com a equipe e foram românticos como casal. No final das contas, tudo fluiu da melhor maneira.
Selfie com a equipe Selfie completa Árbol de Piedra Selfie com os noivos Família de Flamingos Laguna Colorada Laguna Hedionda Pôr do Sol Hotel de Sal Interior do Hotel de Sal Salar de Uyuni Nossa condução Rally em Uyuni Selfie dos noivos Cemitério de Trens
Ao longo da viagem fomos nos hospedando em hostels pelo deserto, sem qualquer luxo e que, raras vezes, nos presenteava com um banho quente de não mais do que 5 minutos (rs). Já sabíamos que seria assim e curtimos tudo. Nossa missão era chegar no Salar de Uyuni inteiros para fechar a sessão de fotos por lá, e foi simplesmente incrível quando chegamos naquele lugar… é mágico. A vibe e a energia que ele transmite foi contagiante. Passamos perrengue mas valeu a pena cada minuto, vamos levar isso para a vida toda.
1 Comentário
Tem gente que não acredita em destino, mas algumas situações na vida são tão inacreditáveis que é impossível deixar de pensar que ele não existe. Essa viagem foi uma delas. Foi incrível como o mundo se moveu, há quase 2 anos, para que escolhêssemos o Giovani como fotógrafo do nosso casamento. Tudo parecia dar errado até a nossa reunião com esse profissional único e ser humano fantástico. Ele entrou de cabeça no nosso projeto, depois nós é que entramos de cabeça num projeto dele e agora foi a vez desse projeto meio que compartilhado. Sem pensarmos, o time foi crescendo e não podia ter sido mais especial. Afinal, a vibe só foi completa porque também havia Eder Floriano e Luiz Felippe. O presente de casamento meu e da Julia, não tenho dúvida, foi esse trio de amizades mais do que especial que conquistamos. Conseguimos fazer com que até os perrengues se tornassem experiências fodas. Obrigado por tudo!